Coworking: espaço para profissionais que valorizam o networking e baixos custos


RIO – Você sabe o que é coworking? Esse novo padrão de trabalho ainda está se popularizando no Brasil, mas, nos Estados Unidos, já é tendência. Profissionais autônomos ou microempresários querem a infraestrutura de um escritório, porém, se deparam com valores exorbitantes de aluguel. A solução? Dividir espaço com outras pessoas que estejam passando pelo mesmo problema. Essa é a principal premissa dessa modalidade.

O primeiro espaço desse tipo a chegar no Rio foi o BeesOffice, em 2010, instalado no Centro. E surgiu da procura do próprio dono do local por um escritório na cidade para começar a sua empresa na área de informática.

– Não conseguia encontrar nada que coubesse no bolso de um empreendedor iniciante. Li matérias sobre coworking e busquei por aqui, mas descobri que não havia ainda no Rio. Daí pensei que se eu estava com essa necessidade, outros cariocas também deviam estar. Assim nasceu a BeesOffice – explica Carlos Eduardo de Castro Alves, de 27 anos, que acaba de se mudar para um espaço maior, por conta da grande demanda.

O lado financeiro é um ponto importante nessa escolha, mas outro fator tem sido decisivo para muitos que buscam essa opção: a interação. O tal do networking é citado por todos como mais um item favorável no coworking.

– Ter um espaço bacana para trabalhar é valorizado, mas termina ficando em segundo plano quando as pessoas notam o valor de conhecer outras que possam alavancar o seu negócio. Muitos começaram sozinhos aqui e agora estabeleceram parcerias com colegas de espaço – afirma Fernanda Trugilho, sócia-fundadora do paulista Pto de Contato.

Bruno Cunha, empresário da área do comércio eletrônico, aderiu a esse novo padrão de escritório e parece não estar arrependido.

– Além da vantagem financeira, conheci os meus dois sócios em um local como esse. É como uma comunidade, onde todos estão abertos a ajudar. Afinal, a ideia não vale nada se não é desenvolvida – declara o empresário, de 27 anos.

Com estrutura que conta com secretária que atende as ligações, computador, sala de reunião, entre outras vantagens, a ideia vem se espalhando pelo mundo.

– O Hub, que começou em Londres, está presente em 28 cidades pelo mundo. Na América Latina, o primeiro local que chegamos foi o Brasil, em 2008. Atendemos profissionais de diversos ramos e temos como exigência somente que haja uma atuação na área de inovação social. Já temos 200 membros – explica Lais Granemann, relações externas da Hub Brasil, instalada em São Paulo.

O Nitis Office é o mais recente dos espaços de coworking citados. Lucas Rezende, um dos sócios, enxergou a demanda crescente do ramo e resolveu investir.

– Vimos a necessidade do Rio de Janeiro ter mais espaços como esse. Já conhecia o modelo em outros lugares do país e do exterior, e resolvemos arriscar. Em agosto deste ano, começamos o negócio. Notamos que as pessoas precisam de um espaço físico para os seus negócios, onde possam interagir com outros profissionais. Além disso, passa credibilidade para os clientes apresentar um local bacana. O nosso projeto é expandir o negócio. Público, com certeza, tem.

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